Até eu me surpreendo em como posso gostar tanto de alguns episódios de Glee. A série, que é apontada por muitos como infantil e tola, acaba sempre apresentando discussões interessantes sobre assuntos que fazem parte de nosso cotidiano. E faz isso de forma divertida, misturando drama com comédia e música. Assim, apesar de ainda achar que muitos personagens tem desenvolvimento lento ou nulo, gosto do foco que alguns ganham em cada arco de episódios.
Quando Santana veio para os holofotes, com todo seu drama de assumir-se ou não depois do relacionamento de Brittany, a série só ganhou e cresceu com isso. Naya Rivera mostrou-se uma grande atriz e cantora, nos tornando empáticos com o drama da personagem e com o medo de encarar de frente o mundo. Palmas pra Glee num episódio que eu tinha certeza que seria excelente assim que ouvi os primeiros acordes de Perfect, da Pink, cantada por Kurt e Blaine. Não, não há como não amar!
Alguém mais adorou ver as Troubletones e o New Directions juntos naquela sala, formando um grupo unido e de amigos? A ideia de Finn de fazer uma semana especial com músicas cantadas por mulheres dedicadas à mulheres foi excelente. O esforço que o rapaz fez para ajeitar as coisas com Santana, ganhando a amiga pouco a pouco foi muito legal. Se Santana agride para não ser agredida, ao se ver tão querida pelos amigos dos dois corais da escola, ela não teve alternativa a não ser se render. Ninguém é uma ilha que não precisa de amigos ou de outras pessoas à volta.
Mas, se os pais de Santana levaram numa boa o fato da filha ser lésbica, a abuela da latina não agiu da mesma forma. Acho interessante a série, apesar de ser uma ficção, tentar se manter coerente e real. Os gays existem e não são todas as famílias que aceitam isso numa boa. O pai de Kurt e os pais de Santana são uma exceção. O mundo está cheio de pessoas como a abuela, que preferem a hipocrisia ao invés de encarar o problema. Mais que isso, usam as religiões como arma e argumentos patéticos como “o que importa não é nem o pecado e sim o escândalo” para esconderem o próprio preconceito. Ainda bem que nossa querida Santana tem seus amigos e pais para lhe apoiarem.
O outro foco do episódio foram as eleições. Tanto a realizada no McKinley quanto a do Congresso. Sue Sylvester utilizando o olheiro Cooter para fugir dos boatos quanto à sua sexualidade foi ótimo. E a treinadora não pensou duas vezes em roubar o “homem” de Beiste, coitada. Mas, convenhamos, chega a ser patética toda a insegurança de Beiste, que alega não saber se relacionar. O melhor de todo o rolo foi ver a treinadora soltando a voz em Jolene, lamentando a perda de Cooter e se declarando para ele ao final do episódio. Será que teremos um novo embate Sue x Beiste pelo amor do insosso Cooter?
Enquanto isso, Rachel caiu na asneira de tentar roubar nas eleições para que Kurt vencesse. O resultado? Suspensão por uma semana, ficar fora das Seletivas e ainda ter seu currículo manchado com a informação da fraude. Rachel, Rachel, você não aprende, né? Até quando tenta ajudar acaba fazendo uma grande M onde a prejudicada é sempre você. No final, acabou dando Brittany na eleição do colégio.
Nesse meio tempo, Puck e Shelby não conseguem mais disfarçar. Incrível como o jovem consegue passar credibilidade em qualquer casal que se meta. A pobre da Shelby não resistiu aos encantos do rapaz, foi pra cama com ele, para depois se arrepender. Aham que ela se arrependeu, sei! Mas agora ela tem de abrir o olho, já que Puck certamente contou tudo para Quinn que ficou lançando olhares reprovadores para a treinadora das Troublotones.
A apresentação das meninas de I Kissed a Girl, música da Katy Perry que dá nome ao episódio, foi bem divertida. Apesar de todo mundo ter ouvido antes, ver a canção inserida na trama sempre compensa e nos faz cantar. Falo por mim, que fico cantarolando e balançando os pés enquanto assisto o episódio. #Tenso
No próximo episódio, Hold on to Sixteen, muitas emoções: além Rachel suspensa para as Seletivas, temos a volta de Sam (que vai deixar as garotas – e alguns garotos! – piradas, numa cena só de cuequinha) e a disputa New Directions x Troubletones. Para quem você torce?
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