O título do novo Harry Poter é “As Relíquias da Morte – Parte 1″ com praticamente o mesmo elenco de sempre e os personagens centrais, interpretados por Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint já em plena maioridade, tentando não aparentar idade. Mas o fluxo do tempo é implacável e o próprio título já anuncia a proximidade do fim.
Logo na primeira cena, uma professora do herói é cruelmente assassinada, por meio de uma serpente que parece abocanhar os espectadores. Mais adiante, o casamento de dois jovens bruxos é interrompido pelas forças do mal, como se a simples idéia de reprodução e continuidade biológica fosse indesejada no roteiro.
Os conflitos costumeiros se acentuam e o clima todo parece um pouco mais adulto e tenebroso, com mais violência, mais mistério e até perseguições de motos e vassouras pelas estradas britânicas. Há muitas cenas no mundo real (Inglaterra), em contraste aos cenários fantasiosos que dominaram os primeiros filmes, pois a terra mágica da infância do herói não é mais segura.
O poder do maligno Voldemort (Ralph Fiennes) está aumentando cada vez mais. Tanto que ele já detém o controle sobre o Ministério da Magia e do próprio colégio Hogwarts onde Harry estudou. De certa maneira, este é o episódio mais político de todos, com vários personagens mudando de posição e de partido.
A presença do estado e da repressão é aterradora, fazendo com que o trio central e seus aliados se movimentem como se atuasse na clandestinidade de uma ditadura tipo nazista. Eles mesmos vivenciam ciúmes e atritos emocionais que quase levam à separação da trinca.
Os poucos momentos de humor, aliás, só acontecem na sequencia em que Harry e seus amigos se infiltram na sede do ministério e provocam confusões na linha das comédias de pastelão. Mas logo em seguida a narrativa derrapa numa interminável “barriga”, com a turma procurando as tais relíquias mortais. Num filme de 2 horas e meia, esse hiato sem ação poderia muito bem ser eliminado.
Harry Potter fica mais sombrio e sério com cenas no mundo real
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Postado por
muambeiros yankees
às
11:58
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